

Bianca Ramos
Cresci entre o Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, e o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, experiências que moldaram minha visão de mundo e forjaram minha trajetória sempre em travessia e busca por transformação. Fui a primeira da minha família a acessar o ensino superior, onde me graduei em Arquitetura e Urbanismo. Após cinco anos atuando na área, decidi migrar para o campo social, onde venho construindo minha carreira há mais de 20 anos, com foco em políticas públicas e projetos sociais que mobilizam cultura, educação e direitos humanos.
Na Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, apoiei a formulação do Fundo Municipal de Cultura e colaborei com a estruturação do primeiro edital local de Pontos de Cultura. Participei da concepção, planejamento e coordenação do Programa Bairro-Escola, política Intersetorial de Educação Integral que beneficiou mais de 60 mil crianças e adolescentes. Essa experiência me levou à Agência Nacional do Cinema, onde coordenei o gabinete da presidência e apoiei iniciativas como o Cinema da Cidade, integrando políticas de democratização do acesso à cultura por meio do audiovisual.
Nos últimos 15 anos, a partir da convivência com minha irmã, Karolina, pessoa com deficiência, iniciei uma nova travessia pessoal e profissional. Fundei uma produtora KB e cofundei o Movimento Down e o MAIS - Movimento de Ação e Inovação Social, iniciativas voltadas à produção de informação e apoio a pessoas com deficiência, suas famílias e profissionais das redes de apoio. Colaborei com organizações como a Associação Cidade Escola Aprendiz e o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, nas quais venho coordenando projetos financiados por instituições nacionais e internacionais, além de atuar na produção editorial, eventos e articulação institucional.
Entre 2017 e 2020, apoiei a curadoria do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas e participei do desenvolvimento do programa ACESSE, que formou 266 educadores em 10 estados brasileiros. Entre 2019 e 2021, colaborei com o Intermuseus na requalificação do Sítio Roberto Burle Marx, onde coordenei a pesquisa de engajamento territorial, e colaborei com a formação da equipe educativa e o desenvolvendo de ferramentas e materiais de apoio ao setor educativo.
Atualmente, dedico-me ao Mestrado em Saúde Pública e atuo em intervenções voltadas ao apoio a pessoas com deficiência, enfrentamento à pobreza e combate ao racismo. Minha trajetória é guiada pela busca de estratégias e ferramentas inovadoras para o desenvolvimento integral, democratização do acesso, participação e criação cultural, princípios que orientam meu envolvimento em projetos e ações transformadoras.
